O PODER DA LINGUAGEM SONORA NA PUBLICIDADE

A linguagem sonora tem o poder construir o cenário narrado no imaginário daquele que a escuta, fazendo com que o alvo da publicidade sinta diversas emoções, como se estivesse vivenciando a situação descrita. O Som, quando associado a imagem, faz um casamento perfeito, capaz de fazer tremer o telespectador e o seu poder de influência, torna-se ainda maior.

Quando a publicidade tenta nos envolver, por meio de uma linguagem lúdica, mágica, mitológica, romântica, triste, assustadora, dramática e tantas outras, você pode ter certeza, nessa produção há muita influencia da linguagem sonora. O sentimento é intensificado quando a cena do beijo se une a melodia de uma música romântica, quando a cena de terror se une a um efeito sonoro angustiante...

Ultimamente ando prestando mais atenção no poder do som, é sempre bom abrir as portas da percepção, especialmente na condição de publicitária e consumidora. Dessa forma, eu posso me socorrer de um bom filme para fugir do estresse do cotidiano ou comprar um produto daquele comercial incrível com muito mais consciência,  percebendo todos os seus detalhes e a intenção com que foram produzidos. 

REAL OU VIRTUAL?

A morte da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, no dia 5 de maio, dois dias após ser agredida por moradores do Guarujá, leva-nos a refletir sobre um problema gravíssimo, gerado pela era digital: a falta de percepção sobre o que é real e o que é virtual.  O linchamento foi motivado por uma publicação falsa em uma página do Facebook, afirmando que Fabiane sequestrava crianças para praticar rituais de magia negra.

Essa alienação chegou a tal ponto que aquilo que se posta em uma rede social, torna-se verdade absoluta e incontestável, capaz de justificar atos de extrema crueldade como esse. Fato que é comprovado pela justificativa dada por Barbosa, um dos acusados de praticar o linchamento, que alega que participou da ação por acreditar que as acusações feitas à vítima (de que ela sequestrava crianças para rituais de magia negra) fossem verdadeiras.

Vivemos em uma país democrático, onde a pena de morte é proibida e onde ninguém pode ser considerado culpado até que seja julgado o devido processo legal. Apesar disso, criminosos burlam a lei e praticam atos ilegais com o argumento de que estão combatendo a criminalidade. Parece contraditório, mas é pura realidade.

Não podemos fechar os olhos e simplesmente dizer que isso não é problema nosso, pois essa falta de percepção do real é apenas um dos problemas advindos da era digital. Além desse, ela trouxe muitos problemas novos, dos quais não sabemos ainda como lidar, mas as consequências já estão sendo sentidas, como, por exemplo, doenças causadas por sedentarismo, vício em aparelhos digitais e perda da identidade.

SAIBA QUAL É O SEU PERFIL DIGIGRÁFICO

Você sabia que já existe uma pesquisa que classifica os tipos de internautas que navegam pela rede? Pois é, a agência de publicidade DM9, em parceria com a Vox Pesquisas, realizou esse trabalho para nós e criou 5 perfis digigráficos para esses internautas. Por meio dessa pesquisa, aprendi um pouco mais sobre mim mesma, pois na era de hoje a IDENTIDADE de uma pessoa (ou a falta dela) está ligada à forma como ela usa as ferramentas da tecnologia virtual.

Os perfis criados abrangem desde pessoas que têm sua personalidade formada a partir de suas experiências com a tecnologia e são fortemente influenciados por ela, até pessoas que sabem lidar com as ferramentas tecnológicas de forma mais consciente e funcional, aproveitando os recursos que a internet oferece para realizar as tarefas cotidianas. Os cinco tipos foram denominados imersos, ferramentados, fascinados, emparelhados e evoluídos.

 

Analisando esses tipos, percebi que faço parte do perfil digigráfico classificado como “ferramentados”, que utilizam a internet pelas funcionalidades que ela oferece, mas nem por tornam-se escravos da tecnologia, pois sabem diferenciar a realidade da grande vitrine da vida mostrada nas redes sociais e, por isso, são capazes de identificar seu perfil rapidamente e analisar, melhor que qualquer outro perfil, o comportamento dos outros internautas.

                Ficou curioso para saber qual é o seu perfil digráfico? Veja o vídeo feito pela DM9 e descubra:

TRABALHO DO 7º SEMESTRE DE PP NA ANHANGUERA

Essa é uma campanha sobre valorização da vida e  combate ao câncer realizada por mim e pela aluna Jéssia Iane do grupo de Publicidade e Propaganda da Anhanguera de Limeira/SP.

 

#OS BRANCOS NÃO SÃO MACACOS E OS NEGROS TAMBÉM NÃO!

A campanha lançada pela Agência Loducca, que disseminou a frase #SOMOSTODOSMACACOS em resposta ao suposto caso de racismo ocorrido no jogo do Barcelona contra o Villareal, no último dia 27, quando um torcedor lançou contra Daniel Alves uma banana no momento em que ele se preparava para bater um escanteio no jogo, parece-nos um tanto quanto duvidosa.  Leva-nos, até mesmo, a refletir se o fato é verídico ou manipulado para dar impulso a uma campanha que traz muitos benefícios para alguns.

Muitas frases poderiam ser usadas para falar de problemas sociais como racismo, mas creio que #SOMOSTODOSMACACOS não é uma delas. No contexto do ocorrido, caberiam, por exemplo, as frases #SOMOSTODOSENGANADOS para a parcela da sociedade que realmente aderiu à campanha, acreditando que estão se manifestando contra o racismo; #SOMOSTODOSALIENADOS para aqueles que compartilharam a ideia, sem, ao menos, saber o teor da campanha (e acredite, não são poucos); #SOMOSTODOSOPORTUNISTAS para a agência Loducca, Neymar e Luciano Hulk que provaram que sabem tirar proveito até das piores situações.

Não é de hoje que campanhas ditas "do bem" são usadas para trazer lucro e promover empresas, mas dessa vez o oportunismo mostrou-se ainda mais latente. Temos que conviver com campanhas manipuladas, que escondem o "lobo mal" que está por baixo da fantasia de “Chapeuzinho”, é preciso saber ler nas entrelinhas a verdadeira intenção. Qual empresa não quer ter alcance mundial, virar notícia em todas as mídias e viral na internet sem gastar um tostão para isso?

Temos que agir como seres humanos, pois os brancos não são macacos e os negros também não, mas quando vemos a quantidade de pessoas que reproduzem esse tipo de informação, imitando qualquer coisa que a mídia induz, sem pensamento crítico, notamos que a maior parte da sociedade está agindo realmente como macacos. Sejamos conscientes da realidade para não sermos engados por campanhas como essa. A publicidade verdadeira é aquela que induz o raciocínio e sua intenção é clara, e não mascarada.